QUEM SOMOS

A  Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN) foi criada em 2005 com o objetivo de dialogar com o poder público ações em favor do segmento de música ao vivo. Na época, o surgimento de novos festivais era impulsionado pela consolidação do diálogo entre poder público e a sociedade civil através das primeiras conferências culturais do país. 

Conferências, produções coletivas, diálogo aberto com agentes políticos e conexões com  produtores de todas as regiões do Brasil fortalecem a cena e o desenvolvimento de muitos festivais. Mais tarde, com uma retroação das políticas culturais no Brasil, o diálogo com o poder público retroage e a ABRAFIN vive um hiato. Mas, no dia 26 de janeiro de 2020, com a deflagração da pandemia da Covid-19 no Brasil e os impactos profundos ao setor de eventos, arte e cultura, a ABRAFIN precisa voltar a se articular. 

Festivais cancelados, contratos diversos com fornecedores, produtores, roadies, comunicadores, músicos e artistas são interrompidos e inúmeros trabalhadores diretos e indiretos passam a ficar sem renda. O grupo lança então o MANIFESTO DOS FESTIVAIS UNIDOS EM TEMPOS DE CRISE que consegue reunir a assinatura de mais de 100 Festivais e propõe um conjunto de propostas para mitigar os danos causados pela pandemia, além de uma articulação em torno da aprovação da Lei de Emergência Cultural.

Em 29 de junho de 2020 a articulação conquista então a sanção da Lei Aldir Blanc (Lei nº 14.017) com a definição de ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante o estado de calamidade. Ela prevê um repasse de R$ 3 bilhões a estados, municípios e ao Distrito Federal para medidas de apoio e auxílio aos trabalhadores da cultura atingidos pela pandemia. Em 2021, no entanto, a pandemia parece longe de acabar e atinge o seu pior pico, fazendo com que os festivais permaneçam impossibilitados de serem executados em sua totalidade. A manutenção da Lei Aldir Blanc e a construção de políticas públicas relacionadas a iniciativas que amparem de forma emergencial o setor seguem em pauta e com ainda mais urgência. 

A luta não acabou e por isso a Abrafin segue confabulando alternativas pela sobrevivência dos festivais que são, com toda certeza, grandes geradores de renda e valor ao produto cultural pulsante dos brasis. 

O setor vem se organizando em todo o Brasil, através da Associação Brasileira de Festivais – Abrafin, entidade nacional que vem buscando ampliar a discussão sobre a importância econômica e a necessária manutenção dos festivais. Hoje, fazem parte da Abrafin 115 festivais, mas tudo indica que esse número deve crescer

Rita Fernandes

Jornalista, escritora, presidente da Sebastiana, idealizadora do projeto Casabloco e pesquisadora de cultura e carnaval. , Veja Rio